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Quando recebi a incumbência de escrever sobre o home office, fiquei pensando na forma de abordar o assunto.

Poderia falar talvez:

  • Do impacto desse evento nas relações trabalhistas e familiares.
  • Da relação com a gestão do tempo, pois esta ficou ainda mais complexa.
  • Da sobreposição de tarefas e do acúmulo das mesmas por grande parte da classe trabalhadora feminina.
  • Dar dicas de como ser mais produtivo nesta nova modalidade de trabalho.

Porém, estes temas já haviam sido explorados de muitas formas.

Resolvi lançar luz a uma outra parte desta história: meu desejo era falar muito mais sobre os aspectos reflexivos do tema, do que dos mais objetivos.

Com toda esta revolução a qual fomos compelidos a passar por ela, a mudança do cenário de trabalho, que agora passa a ser exercido dentro dos nossos lares, nos revela algumas coisas e, inclusive, derruba alguns mitos para nossa vida como um todo, e em especial para os gestores de RH.

Na grande maioria das vezes, temos como costume nos perceber como seres fragmentados, ou seja, aqui, neste local, sou profissional; naquele outro, sou mãe/pai; e num terceiro, sou esposa/marido. Essa ideia compartimentada de nós, nos dá uma falsa sensação de que somos pessoas diferentes, e nos transformamos a depender do ambiente por nós frequentados.

No entanto, o home office vem para demonstrar a fragilidade desta ideia. Na verdade, somos as mesmas pessoas. Com comportamentos diferentes a depender da situação? Sim. Mas ao contrário do que sempre nos levaram a crer, ao entrar no trabalho não deixo para trás questões pessoais (e vice-versa). Elas vão comigo e o home office materializou/ demonstrou isso de uma forma muito potente e clara.

E qual foi a maior lição deixada por este evento?

Precisamos entender as pessoas como seres integrais, exercendo papéis diferentes, porém, todos eles engendrados em uma única linha da vida. E assim sendo, as políticas de gestão de pessoas precisam considerar tal fato para se tornarem mais eficientes.

Dissociação não é mais a palavra de ordem. Integração sim; representa muito mais o atual contexto. Há que se cuidar do todo, para que a vida nos dê flor, já dizia o poeta, ou seja, cada uma das (nossas) partes precisa fazer bem o seu papel e precisamos compreender bem essas nossas partes.

 Enfim, termino este texto-reflexão chamando a todos os líderes e profissionais de RH a pensarem no home office para além de uma simples mudança de ambiente de trabalho, mas sim um convite para olharmos para as pessoas de forma mais integrada.

Por Iracema Padovani – Equipe de Negócios da Pimenta e Associados.

 

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Há mais de 20 anos atuando em Gestão de Pessoas e Negócios, com grande diferencial no sólido conhecimento na gestão empresarial e de pessoas, foi fundada com um propósito: Trabalhar com foco em resultados no desenvolvimento das pessoas e das organizações.

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